domingo, 28 de junho de 2009

O cosmos conspira ao meu favor - Parte V

Ninguém me disse que seria fácil. Realmente percebi que estava disposta a fazer o possível e o impossível para que consiga, no mínimo um 11, na minha monografia. A saga teve continuação nesta sexta, dia 26, quando o “Moderfocker” Marco Luque se apresentaria em JF. Fui certa de que conseguiria, mesmo porque, um pouco de otimismo não faz mal a ninguém.

Pela tarde, fiz meus contatos para tentar garantir o meu lado. Sai da agencia, fui correndo para a casa e as oito em ponto já estava na frente do teatro. Depois de uma meia hora na fila, notei que havia uma câmera filmando o publico da bilheteria. Resolvi olhar, quando de repente, vi um cabelo encaracolado um tanto peculiar. Dei um “tchauzinho” amigável, mas ao mesmo tempo, o dono do cabelo resolveu chamar a atenção dos presentes. Lembro-me que cutuquei meus amigos (Marcos e Xênia) e falei: “olha ele ali!”. Algumas meninas que estavam atrás de mim não resistiram e começaram a gritar. Quando vi a cena pensei: “bacana, ele é receptivo, acho que vou me dar bem...” Mal sabia o que estava a minha espera.

Começou o espetáculo e ele me pareceu ser simpático. Nível de otimismo: 80%. Ao contrario do que o publico imaginou, Motoboy Jackson Five (com alguma piada relacionada à morte de Michael Jackson**), Mary Help e Silas não vieram. Foram uma hora e meia de stand up direto, sem personagens, quase que uma conversa de boteco, mas só com um falante: ele.

Alguns assuntos que ele abordou pareciam ser cópias dos (excelentes) stand ups do Oscar Filho (to mentindo? Poodle e Filme de terror). Nem um pouco original. Até eu, que não tenho muita prática em falar em público, leia-se quase 2 mil pessoas, conseguiria fazer.

Deu pra rir, mas eu juro que esperava mais. Quando ele terminou dei graças a Deus! Desci para a continuação da minha saga. Quando cheguei perto da “portinha da esperança” havia um tumulto louco, muitas meninas gritando desesperadamente. Me contive e esperei sentada, utilizando da mesma estratégia de domingo.

Até os seguranças já me reconheceram e tive um pouco de moral com eles. Tudo conspirava ao meu favor, até que resolvi conversar com o produtor explicando as minhas intenções.

Logo em seguida veio o primeiro “Não”. Como assim? Sem entrevista? Por quê? Segundo ele, eu deveria ter pego uma autorização com não sei quem para poder fazer a bendita entrevista, coisa que poderia ser resolvia em menos de 10 minutos, e com um pouco de boa vontade.

Tentei argumentar dizendo que era para a minha monografia, que não seria veiculado em lugar nenhum (rádio, TV ou jornais). Não. Só desculpas e um “sinto muito”. Ainda sugeri perguntar diretamente ao Marco sobre a entrevista, é aquela historia, se o subordinado não resolve, vamos direto ao chefe, mas aí, escutei essa: “ele é o que menos manda aqui”.

A partir disso percebi que estava lidando com um outro Marco Luque, e bem diferente daquele que vimos todas as segundas-feiras a frente de uma bancada, fazendo comentários que em nada acrescentam.

Fui para a fila tirar foto. Nível de otimismo: 49%. Quando chegou a minha vez, o produtor me reconheceu e mais uma vez tentei argumentar, em vão novamente. Cheguei perto dele, o cumprimentei e posei para a foto. Tentei puxar papo falando sobre o meu trabalho e tal. Ele inerte (parecia que havia sido dopado!) não respondia, alias, não o deixaram responder, o produtor já veio cortando o assunto e tive que ir embora. Desejei, meio que engasgado, um “sucesso pra você”.

Sai do teatro totalmente decepcionada! Não por não ter feito à entrevista, mesmo porque se há algum incompetente ali não sou eu. Como que as pessoas são diferentes. E que realmente humildade é virtude de poucos. Fiquei pensando nos motivos que o fizeram não dar a entrevista.

Deve ser porque ele não sai da bancada. Não passa o sufoco de conseguir uma sonora com as pessoas, quem trabalha com isso sabe o quanto é complicado. Querendo ou não, o seu trabalho depende das pessoas, e sem elas você não é nada! Será que ele não tem noção do que é ter um teatro com lotação esgotada só para poder vê-lo? Concordo que um humorista não tem a obrigação de sorri o dia todo, mas simpatia era o mínimo que o publico merecia. Se ele esta onde ele está, o mérito não é só dele.

Enfim, não vai ser no primeiro não que eu irei desistir. Eles estão à solta, mas EU estou correndo atrás. Custe o que Custar!

**Fiquei realmente chocada com a morte do Rei do Pop. E ao escrever este post estava escutando "I'll be There" e "Music and me", do nada algumas lágrimas rolaram no meu rosto. Que triste. Descanse em paz, Jacko!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O cosmos conspira ao meu favor - Parte IV

Quando vi a ilustre figurinha se aproximando não soube explicar o que senti. Foi difícil separar a emoção de fã da realização profissional por ter ali, tão pertinho, uma fonte imprescindível para que o trabalho pudesse ficar perfeito.

Sorridente e esbanjando simpatia, ele me recebeu. Abracei e me apresentei, dizendo que era estudante de jornalismo e que estava fazendo um trabalho que abordava o CQC. Perguntei se ele poderia me dar a entrevista e logo me surpreendi com a resposta: “Claro, deixa eu só terminar de atender essas pessoas que eu converso com você”.

Agradeci e esperei do lado de fora do teatro. Os seguranças não deixaram ficar lá dentro. Será que eles acharam que eu iria agarrá-lo a força para guardar num potinho só pra mim? Bem, pensando melhor, eles estavam certos. Rs.

Estava em companhia de uma amiga e um amigo, Xênia e Marcos Paulo. Marcos saiu junto comigo e a Xênia ficou lá dentro, dizendo que seria a ultima a tirar foto. No momento não atinei para a sua estratégia fria e calculista, mas depois entendi.

Ela ficou por ultimo para “lembrar” da entrevista, além de tirar foto também. Esperei mais uma meia hora e onde estava, havia algumas meninas que aguardavam a saída dele. Terminada a sessão de fotos, minha amiga entrou em ação e o produtor me chamou. Entrei triunfante e deixando uma galera curiosa. Segundo Marcos, que ficou do lado de fora, a duvida era “Quem era ela?”, "Porque deixaram só ela entrar?" e “Por que ele chamou só ela?”. Por um momento senti que meu sobrenome era “polêmica”. Rs.

Voltei ao encontro de Oscar. Como ele é fofo. Nossa! Como ele é fofo, atencioso e gentil. Sem nenhum tipo de regalia me consentiu a entrevista, de uma maneira leve e espontânea. Confesso que fiquei super nervosa, mas no final das contas, deu tudo certo. Agradeci pela atenção e pedi para que ele transmitisse a mensagem aos outros colegas de programa. Foram os 15 minutos mais preciosos que já tive. Uma emoção difícil de explicar.

Agradeci ao meu colega que mexeu os pauzinhos, aos produtores e também à Xênia, que sagazmente, utilizou o tempo ao nosso favor. É, “os últimos serão os primeiros” e “quem espera sempre alcança”. Depois de domingo entendi o significado dessas frases. Sai do teatro pisando nas nuvens, com uma vontade louca de gritar de felicidade. O mais legal foi ver a cara dos meus amigos me apoiando e contentes com esta conquista. É realmente gratificante.

Mas a saga continua... será?

O cosmos conspira ao meu favor - Parte III

Soube na correria que Oscar Filho e Marco Luque, integrantes do CQC, estariam em JF para apresentarem seus shows de Stand Up Comedy. Não acreditei! Quero agradecer minha amiga Dani Borchert, que me ligou em pleno feriado para me contar a boa nova. Como se não bastasse a noticia, ela ainda me presenteou com um cartaz do show, humildemente arrancado do ponto de ônibus no qual se encontrava quando me ligou.

Me certifiquei que algo de muito bom está pra acontecer este ano. Corri atrás dos contatos para descolar a entrevista. Nada. Não conseguia nenhuma confirmação, só muito “achismo”. Mas, se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé.

No domingo, após a ressaquinha da festa junina da minha turma de faculdade, cheguei uma hora mais cedo ao teatro para tentar chegar à pessoa responsável. Eis que enxerguei uma luz no fim do túnel. Quando estava conversando com o segurança do teatro – que não me deu muita idéia – vi se aproximar uma figura conhecida, na qual percebi que estaria envolvida na empreitada.

Como eu o conhecia há algum tempo, expliquei a minha situação, que era para a monografia e ele resolveu me ajudar. Me passou algumas informações importantes nas quais seriam úteis para uma possível abordagem. Depois de combinarmos alguns detalhes, percebi que o espetáculo iria começar e já fui correndo garantir o meu lugar.

Depois de quase uma hora e meia de risadas, Oscar Filho anunciou que o show estava terminando e que ele iria atender o publico e tirar fotos em seguida. Pensei: essa é a chance! Logo, fui correndo até à “portinha da esperança” do teatro para garantir o meu “lugar ao sol”.

Cerca de uns dez minutos depois, o pequeno pônei se aproximava e os seguranças anunciaram que era para o primeiro da fila – no caso eu- se aproximar. Frio na barriga e vi que já era hora de morfar!

O cosmos conspira ao meu favor - Parte II

Bom, final de período passou e algumas posições foram tomadas. Depois de quase 14 horas seguidas sentadas à frente do computador, terminei o meu saudoso TCC, que sem sombra de duvidas, será “o” assunto deste blog até o fim do ano.
Ficou lindo e amarradinho. Nem acreditei que havia escrito tanta coisa. Tanta coisa que quase virei uma ostra de tanta pérola! Varando a madrugada usei o termo “curetagem” para me referir ao material de análise que será gravado, ou seja, as edições do CQC. Agora me pergunto: curetagem? De onde eu tirei isso?
Achei que havia usado o termo certo, pois foi sugestão do Word. Mas não. Me enganei profundamente. Aliás, me enganaram. Tal escrita deu origem a uma setinha que perguntava “que isso?”. Respondendo: A curetagem, também conhecida por raspagem, é um exame complementar utilizado em ginecologia, quer para diagnóstico quer para tratamento.

Tudo a ver, não?
Isso é que dá escrever com sono e os dedos não obedecerem aos estímulos do cérebro. Sai cada coisa que só vendo.

No final das contas meu projeto foi aprovado e está prontinho para dar inicio à odisséia que será esta monografia. Mas antes de qualquer “curetagem” de material, a saga começou neste ultimo domingo, dia 21.


Continua...

O cosmos conspira ao meu favor - Parte I

Será a era de Aquários ou alguém lá em cima está muito a fim de me ver feliz? Pois é. Desde então, coisas boas tem acontecido de uma forma inusitada e motivadora. Influências do Meme? Não sei, não sei.

Fiquei sumida por alguns dias, né? Mas volto a usar a mesma desculpa esfarrapada: fim de período e acontecimentos aleatórios.

Logo no inicio do mês, consegui um estágio que há muito tempo almejava conseguir: trabalhar em uma Agencia de Publicidade. Comecei muito bem e já com o pé direito. Conhece aquela frase muito popular no teatro “quebre a perna”, que significa “boa sorte”? Então, em poucas horas na agencia levei esta frase a sério e me estabaquei no chão. Não quebrei a perna, mas quase: torci o pé, que ficou dolorido por uns três dias e depois passou.

Sem contar a vergonha alheia de cair diante de pessoas que você mal conhece. A vantagem foi que muitos não debocharam e ficaram preocupados, mas, passadas algumas semanas, o gelo foi quebrado e a zoação correu solta. Definitivamente é muito bom trabalhar com gente doida, sabe? Que fica cantando, rindo, inventando musicas, imitando as pessoas... Enfim, bastante motivador e divertido. Não sei se isso é bom ou ruim, mas eu me senti confortável.

Ah, também trabalhamos em companhia de uma cachorra, a Hannah. Uma labradora marrom de 5 anos de idade, que está sempre abanando o rabo e te esperando com uma bolinha (nojenta e babada) na boca pedindo para brincar com você.

Uma foto da Hannah pra vocês conhecerem!

Han! Essa história continua, mas não é mais uma novela de Iris Abravanel, tão pouco, de Bárbara Riolino. Aguardem a continuação.